terça-feira, 6 de dezembro de 2011




 -Penso que quando duas pessoas se gostam de verdade elas ficam juntas. Não importa tempo, distância, nem qualquer outra coisa. Isso são apenas desculpas e desculpas só servem para fingir falsos sentimentos.
-Mas eu te quis tanto quanto você me quis.
-Então o que deu errado? Se queríamos tanto um ao outro, porque nossas exatidões não funcionaram como uma soma?
-Não sei, meu bem, não sei. Existem mistérios na vida que não foram feitos para serem desvendados.
(Pausa)
-Existem outros que não são compreendidos porque não tiveram um fim.
(Silêncio)
(Suspiro)
-Sinto tanto a sua falta.
-Eu também. 

sábado, 22 de outubro de 2011

"Sai, porque hoje eu descobri que posso viver sem ti, 
que posso viver em paz" (Los Hermanos)

Ainda bem que sempre existe outro dia, outros lugares, outras pessoas, outros sonhos. Foi assim, em um dia qualquer, em um lugar qualquer, que descobri o sentido da frase “o tempo apaga todas as feridas”. Foi bom respirar sem sentir um buraco enorme dentro de mim. Eu soube no momento, que poderia olhar de novo dentro dos seus olhos sem sentir nenhum desejo ou arrependimento. É verdade que eu tive vontade de jogar na sua cara as noites mal dormidas que passei. As manhãs de angustia, o vazio. Mas eu não guardei nenhuma magoa. Aprendi que guardar magoa é paixão reprimida. Quer desprezo maior? Não sinta nada. Eu não senti mais nada por você. Não te quero mal, nem bem. Só não te quero mais. Hoje vejo que não fui eu que perdi, mas sim você quem perdeu. Você me perdeu.

"Quantos homens me amaram bem mais e melhor que você. 
Quero ver como suporta me ver tão feliz."

domingo, 2 de outubro de 2011

Eu apenas tentei dar um basta no sofrimento, mas morri uma centena de vezes depois que você se foi. Eu acreditei em cada palavra dita e me enganei , como sabia que me enganaria. Hoje eu vivo a duvida de algo ter sido inteiramente verdadeiro. Não vou saber. Os papeis queimam, dentro de mim arde. Tudo se foi e aqui dentro jaz os nossos momentos. Hoje olho tuas fotos e lembro o teu jeito de arrumar o cabelo, o cheiro do seu rosto junto do meu, o teu sorriso espalhado quando os nossos olhares se cruzavam, e as besteiras pelas quais passávamos horas rindo. Sem pressa, sem medo, sem cobranças. Tentei ver todos os resquícios de felicidade com o brilho que havia antes. Impossível. Você me deu tudo, me fez feliz e depois partiu. Agora eu sei o que significa saudade.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

  
   As lembranças voltavam até mim sem nenhum pudor do caos que me causavam. Em um ato interrompido Antoine de Saint-Exupéry foi deixado ao lado da cama. O café estava posto na mesa. As janelas estavam abertas e as cortinas pareciam dançar junto com o vento ao ritmo da musica que tocava. Dentro dela um coração que pesava mais que o mundo. Cheio de curativos e cicatrizes, meio dolorido ainda. As dores necessárias de uma pessoa (re) feita de amores. A alma vazia gritava a necessidade de ir ao encontro de não-sei-o-quê, não-sei-aonde. Procurando preencher com sossego a agonia de querer ser algo. Querendo mais paz, mais amor, menos solidão. Querendo não ser assim. Pendiam na mente apenas vontades. Então respirou fundo, tomou um gole de café, sentou e escreveu. Em primeira e terceira pessoa, por não saber qual das duas ela seria melhor.


sábado, 13 de agosto de 2011


Vi o vento varrer as sujeiras da rua. Desejei que ele pudesse fazer a mesma coisa dentro de mim. Desejei que ele entrasse e levasse aquela vontade horrível de socar paredes e vomitar borboletas. Que carregasse com ele toda a dor que me poluía. Mas assim como você, o vento passou. E o tempo não parou para me deixar juntar minhas partes. E o tempo não voltou para deixar eu me (re)construir em outro momento. E o tempo não deu tempo para que eu pudesse aprender a perder. Fui embora faltando um pedaço.

quinta-feira, 28 de julho de 2011



"Sem horas e sem dores. Respeitável público pagão. 
Bem vindo ao Teatro Mágico!"

Foi assim: um misto de música, poesia, muita alegria e um tanto mais de outras coisas. O tom e as palavras davam arrepio. Um arrepio bom, que saia de dentro e se espalhava por todo o corpo. Foi como se o tempo parasse e a felicidade tivesse se acomodado ali dentro do meu peito decidida a nunca mais sair. Só havia o doce e não mais solidão. Eu sentia energias boas exalar de todos os cantos. As únicas coisas perceptíveis eram sorrisos, palhaços, cantos, versos, encantos e poemas misturando sonhos com realidade. Tudo isso me deu uma fé, uma energia, uma força, sei lá. No fundo, tudo se fundia e todas as coisas que eu precisava estavam bem ali, na minha frente, juntos, numa coisa só, como mágica.

"Que o teu afeto me afetou é fato!"

segunda-feira, 25 de julho de 2011



   A pior parte era apenas acreditar que houvesse alguma explicação para não deixar se transformar em ilusões tudo aquilo que acreditei. Mas já não tenho mais que pensar em tudo, nem procurar respostas. Decidi que o melhor mesmo seria não perguntar. E quando tomei a decisão me voltei para o mundo e sorri, e recomecei a andar. O importante era não me deixar fincar. Porque é isso que temos que fazer quando se descobre que. Então olhei novamente o mundo, vi nossa imagem presa em algum momento do passado, sorri para nós e continuei andando. A sensação de tolice me atingira completamente, e só assim para conseguir explicar o fato. E foram tantas mudanças, tantas pessoas, tantos medos, angustias e incertezas. A minha única vontade era dizer alguma coisa a respeito, mas não disse. Só continuei a andar. Tranquei dentro de mim tudo o que passava em minha mente. Espero com destreza o momento certo de esquecer. E fui ao encontro de mim, sorrindo cada vez mais forte. E não tornei a olhar para trás. Aprendi com Caio F., que se olhasse para trás, incompleta partiria. - Então não olhei, só sorri.

"Vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de
 amar demais, de querer demais, de esperar demais.
Dessa minha mania tão boba de amar errado. 
Seja feliz." (Caio F. Abreu)



sexta-feira, 8 de julho de 2011


 
   Não era mais verão, mas o calor dentro deles não havia mudado muito desde o dia em que se conheceram naquela tarde quente. O que havia mudado era a forma como se aqueciam. O calor não era mais apenas trabalho do sol fornecer. A chama acesa dentro do peito deles esquentava-os facilmente, aquecia a alma. E bastava apenas uma palavra, um olhar, um sorriso, um aconchego, para que se tornasse cada dia mais forte e quente.

"Quem se importa com o frio, quando o calor no coração, é mais forte do que qualquer preocupação?" (O Teatro Mágico)

  Tudo parecia estar contra eles; as pessoas, os lugares, o trânsito, o trabalho, a distância, até o vento parecia conspirar contra. Mas o amor? O amor não estava. E somente isso importou.

"Diz, quem é maior que o amor?" (Los Hermanos)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Escrevo para mim, escrevo para ti.

  Escrevo para tentar externar o que sinto. Escrevo porque gosto. Vendo-me perdida em pensamentos sinto a comoção de sentimentos passando pelos dedos. As palavras fluem. Elas começam meio tímidas, meio tortas. Sem saber aonde ir, tampouco aonde chegar. Vão se juntando umas com as outras e, de repente, um adverbio, um pronome pessoal, um verbo, adjetivo. E tão logo uma frase, uma oração, um período. As palavras são assim; camuflam muito. Mas quando percebemos estão lá a espedaçar a estrutura dos sentimentos. Sinto a emoção subir sem parar a superfície da pele e dos olhos. Sinto o peso das palavras saírem de mim, levando cada pedacinho que incomoda. Suportando muito, suportando tudo. Até que.


terça-feira, 5 de julho de 2011


Meu nome é saudade; o seu sentimento de hoje, amanhã será meu. Às vezes sou má, mas prefiro ser boa. Eu ando com os seus dias bons. Ando com as memórias da sua infância, com os seus amores passados, com suas amizades perdidas, até com as coisas que não aconteceram. Eu me alimento das horas deixadas para trás, dos sorrisos, das tristezas, dos devaneios. Vivo de lugar em lugar, nos resquícios dos seus dias, nas marcas do seu coração. Alguns não querem me encontrar, outros vivem a me amar. Sou o que sobrou na mente, a cicatriz que corrói. Tenho aspecto de abraço, gosto de beijo e cheiro de despedida. Sou os restos do “eu te amo”, a companhia nas noites de solidão. Sou a melhor e a pior parte do ontem. Sou você em lembranças.

Confesso, eu sinto. Sinto falta, angustia, vontade de voltar. Eu deveria ter aproveitado mais, ter ficado mais tempo, ter dado um nó mais seguro. Sinto bem forte em meu peito, quase sempre dói, essa saudade. Me sinto só.

Só você agora seria a solução.



domingo, 3 de julho de 2011


"Volte e invente uma despedida, vamos fingir que tivemos uma."
(Joel Barish)

  Eu não quis ir embora, não quis me afastar. Você me obrigou a isso. Não com palavras, mas com gestos, que valem muito mais. O que saia da sua boca era contrario do que o seu corpo fazia. Não fui eu que fantasiei sentimentos. Era tudo real, tudo verdadeiro. Mas teu silêncio e tua frieza me faziam acreditar que só havia verdade em mim. Minha realidade se misturou com sua fantasia, e eu não podia mais ver claramente. Não sei quem criou a idéia ilusória de que tudo daria certo no final. Não sei se fui eu que acreditei demais que poderia sim ser diferente, ou se foi você quem acreditou que poderia sim se entregar. Mas tudo parecia tão bem. Nós não sabíamos exatamente o que precisávamos, mas tínhamos certeza do que queríamos. Eu queria você, você me queria. Bastava.
Mas não bastou. A gente ia levando, quando dava se encontrava. E ai passou pra, quando dava a gente se falava. Depois pra, quando dava mandava noticia dizendo que estava vivo. Começou a não ter mais querer, vontade e muito pouco jeito. Ficou assim: pouco carinho, pouca atenção e muita dúvida. Doía. Mas tua voz, teu olhar o teu querer me faziam esquecer tudo. Eu aqui, sempre entendendo, sempre tentando ser compreensiva. Se estava bom para você, estava bom para mim. Se você estava bem, eu também estava. Mas isso começou a incomodar. E eu? Quantas vezes você se importou de verdade se eu estava mesmo bem ou não? E tudo começou a se perder.  
É que o gostar vai diminuindo com o tempo. Se não é cultivado com carinho, com afeto, se não é cuidado, vai morrendo, morrendo, morrendo... e quando vê, não sobra mais nada. Confesso que quando deito de noite ainda penso em você, que às vezes quando o celular toca ainda me vem à mente que talvez seja você ligando. Dizendo que nada mudou que está tudo como no começo. Que você se afastou por um tempo, mas ainda pensa em mim todo dia, que ainda fala de mim para seus amigos, que sonha comigo de vez em quando e que não vê a hora de me encontrar. Só que não é assim. E vai diminuindo, diminuindo, diminuindo...
Eu não minto. Ainda te quero de volta. Só que “mais do que querer você de volta, eu ME quero de volta”. Mas eu perdi. Perdi o meu sorriso quando ouvia tua voz, quando lia suas palavras. Perdi minha cara boba quando recebia uma mensagem sua. Perdi meu olho brilhando quando falava de você. Perdi o meu coração batendo forte com o seu toque. Perdi um pedaço grande, doeu, mas como diz Caio: nem morri.


Ainda to te querendo. Mas esperar?
 Esperar passou do meu limite.




quinta-feira, 30 de junho de 2011


Meu bem querer para você, meu bem.  

   Quis te mandar um livro, aquele que comentamos em uma de nossas conversas, havia um cartão também, com uma data e algumas palavras. Afinal, eram sentimentos e lembranças, queria que as guardasse. Meu erro foi querer te proteger de tudo. Eu não desisti, mesmo sendo difícil, mesmo sabendo que não era o certo, porque era você. Quis te contar sobre o estrago que a dor fez, mas quando te encontrei de novo esqueci as feridas. Mas tua frieza e teu silêncio falaram mais alto. Fui por uma estrada torta, você engatou a ré. Tranquei o sentimento dentro de mim e entreguei a chave para Deus. Sinto falta do “eu te quero só pra mim” que você jamais disse, e que eu disse, mas você não ouviu, porque já tinha voltado à rua.


Quem sabe em outra rua torta nossos 
destinos não se cruzam de novo.
 

terça-feira, 14 de junho de 2011


  Percebi o tempo se esgotar. Senti passar por entre os meus dedos e não pude fazer nada. A batida do relógio parcela os meus dias. Uma sucessão de quase acontecimentos que se acumulam. Palavras já não me são mais bem vindas. Nada me vem ao ouvido. Tudo passa a fazer menos sentido. Ainda sinto o acumulo de palavras entaladas na minha garganta. Tenho muito que dizer, mas não direi mais nada. Deixo transbordar em lágrimas. Coração apertado, mas mente aberta. No que depender de mim vou ser feliz. Quem quiser me acompanhar fique a vontade, mas que fique claro, não esperarei por mais ninguém. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011




Todas as alternativas gastas. Você que não telefona.
Ruínas de um dia. E eu plantada em esperas.
Com uma angústia ardendo nos olhos.
Com um coração extraviado.
A aula, as tarefas, o trânsito? 
Uma multiplicidade de desculpas cercam sua ausência.
Cadê você que não liga?

terça-feira, 7 de junho de 2011


   Eu percebi que em algum momento tudo foi verdadeiro. E pouco importa se foi um ano, um mês, ou um dia. O que importa é que foi verdadeiro. Que de algum jeito, no meio disso tudo, os olhares se cruzaram verdadeiramente, as palavras saíram do coração, a espera não foi em vão, que o sorriso de um foi entregue ao do outro, que as bocas se desejaram mutuamente e que se tocaram sem pressa, sem obrigação, como se cada segundo fosse precioso e eterno. Que tudo foi inteiramente verdadeiro e que foi doce enquanto durou. E as lembranças ainda permanecem mornas em minha memória. E se repetem como um filme bom. Confesso que ainda há a verdade dentro de mim. Que o desejo não foi embora completamente. Mas é assim, nem tudo sai como o esperado. Mas o que importa é que dentro de mim ainda vive a lembrança. E agora eu sinto talvez três ou quatro lágrimas brincarem em meu rosto e junto com elas um sorriso. É que me dei conta que a verdade tinha sim estado entre nós dois, não interessa se ainda está,  só aquilo importa agora.



segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Vai chegar um dia que não irei mais agüentar a saudade, e ela transbordará pelos meus olhos. Pense que isso não são lágrimas de tristeza, mas também tampouco de alegria. É incrível como pude viver sem te ter por mais de semanas, sendo que hoje uns dias voltam a me sufocar. Saudade é uma dor inexplicável, parece que o tempo pára. E não há distração que o faça passar. Não sei o que faço com meus dias que parecem ser tão compridos, nem como cessar os meus pensamentos quando a noite chega. É como estar sozinha, sem estar. É como se um vazio encontrasse meu peito e fizesse o doer intensamente até eu esquecer. Mas dão alguns poucos minutos e volta, até a próxima esquecida. Saudade é parecer que o mundo vai acabar, e de repente perceber que não é tão grave assim. Saudade é ser dramática aos montes e de repente se auto-confortar sabendo que logo vai passar, tão logo como irá sempre voltar." Laura Meyer


É que tem dias que bate uma saudade.

domingo, 5 de junho de 2011


  A distância é quase uma dor física para mim e, na maioria das vezes, o único jeito de conter as lagrimas é tentar ver por trás desses acontecimentos a doçura. Sim, é que a espera pode ser doce. Tão doce como um brigadeiro de panela feito no meio da tarde, ou um sorriso impertinente alheio a qualquer dor. Doce como conversas bobas no meio da madrugada, ou um bom dia inesperado para começar o dia bem. Doce como quando um final de tarde sem nada para fazer se torna o melhor fim de tarde com as pessoas certas. O sabor do bolo de chocolate da tia, da melhor comida de panela da avó. Sabor de beijo. Eu sei que a espera dói. Cada um sabe a dor da própria espera. Mas temos que reconhecer que a mesma dor que te faz chorar, pode sim ser doce e cheia de sacrificios positivos. Afinal, esperar é não desistir do que sonhamos. É trabalhar muito para o que desejamos. É se preparar para o que há de vir. E depositar toda sua esperança em um futuro que virá e que chegará tão doce quanto a própria espera.

                                                  É que minha vida anda assim: Doce. 
                                                                Me diz você, o que está esperando?

sábado, 4 de junho de 2011

  
Eu tenho medo de acreditar, mas estou acreditando. 
Eu tenho medo de confiar, mas estou confiando. 
Eu tenho medo de falar, mas estou falando. 
Eu tenho medo de ter medo, mas ele está começando a se extinguir também.

E eu não espero nada além da verdade. Não espero dias lindos, palavras bonitas, reciprocidade, nem nada parecido. Não quero ilusões, fantasias, nem contos de fadas. Cansei disso. Quero apenas a verdade. Quero apenas a realidade das coisas. Eu confio, eu acredito, eu falo, eu não temo, mas somente por achar que é a verdade que está aqui agora. 

A verdade pode não corresponder ao que eu quero exatamente, mas só por ser a verdade já me faz mais feliz.

quarta-feira, 1 de junho de 2011



É que chega um dia que cansa, que o coração fraqueja. A mente desiste de tentar entender o que não da pra ser entendido. Mania essa de o homem tentar explicar sentimento. Talvez uma forma de iludir-se, como se pudesse dessa forma controlar-los. Uma doce ilusão. O sentimento sobressai a qualquer forma de controle e explicação. E não to falando só de amor não. Dizem que o amor é um sentimento inexplicável. Um pensamento inteligente esse. Mas não é só o amor não. Tente explicar qualquer sentimento! É complexo demais para falar. É. É que o negocio não é explicar não, é sentir. Só sentir. Razão nenhuma explica o que vem do coração. Nós que somos tolos demais e continuamos aqui tentando decifrar, tentando entender o que acontece. Mal do ser humano que quer ter tudo sobre controle nas mãos. Que PENSA que pode ter tudo sobre controle nas mãos. Somos ingênuos, e quando nos damos conta a situação está completamente fora de controle. É como um balde de água fria na cabeça. E ficamos loucos (é que a loucura é mal de ser humano mesmo), percebemos que na verdade nós não controlamos nada, não entendemos nada e nunca conseguiremos explicar. As coisas acontecem porque tem de que acontecer. Os sentimentos surgem porque tem de surgir. E só se vão na hora que tem de ir. É como Caio uma vez disse "Estranho, mas é sempre como se houvesse por trás do livre-arbítrio um roteiro fixo, predeterminado, que não pode ser violado. Um roteiro interno que nos diz exatamente o que devemos ou não fazer, e obedecemos sempre, mesmo que nos empurre para aquilo que será aparentemente o pior." É isso! É como se tivéssemos direito as nossas escolhas, mas por trás delas é como se estivéssemos já pré-destinados. Temos apenas que aceitar o que nos é imposto. Sem entender, sem questionar. Só aceitar. É que é isso: Fazemos nossas escolhas e temos as conseqüências, boas ou ruins. No fundo sabemos o que vai ser melhor para nós. Eu sei.

Viva o amor, viva alegria. Sem entender, só sentir.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

“ 'E' e 'Se' são duas palavras tão inofensivas quanto qualquer palavra. Mas coloque-as juntas, lado a lado, e elas têm o poder de assombrá-la pelo resto de sua vida.
'E se?'... E se? E se?” (Do filme "Cartas para Julieta")


E se pararmos de fugir e aceitarmos?
E se deixarmos de lado nossas incredulidades?
E se resolvermos correr todos os riscos pelo o aqui e o agora?
E se for a ultima vez, o ultimo sorriso, o ultimo abraço, o ultimo beijo?
E se você não fizer nada para mudar, as coisas continuarão exatamente na mesmice que te incomoda!
Por que não arriscar?


“Não desista, vá em frente.
Sempre há uma chance de você tropeçar em algo maravilhoso.
Nunca ouvi falar em ninguém que tivesse tropeçado em algo enquanto estava sentado.” 
Caio Fernando Abreu



quarta-feira, 25 de maio de 2011



     Não são muitas as certezas que tenho, mas quando tenho não abro mão.
 A verdade é que cada um sabe por onde deve ir, se não sabe, pelo menos sabe aonde quer chegar. Cada um com suas vontades, com suas escolhas. Às vezes escolhas que seguem sozinhas, outras juntas a de alguém. Muitas vontades atropeladas por vontades dos outros. Outras atropelando. Mas é assim, cada qual com suas certezas e sabendo o que fazer com elas. Tem vezes que o destino parece longe demais. Que a caminhada parece mais longa do que o que os nossos pés podem agüentar. Mas seguimos firmes e fortes. Um passo de cada vez, um atrás do outro. Cada um sabe até onde vai o seu desejo e o alcance do seu braço. No meu caso, eu nem sempre sei exatamente o que devo fazer, mas tenho concisa em mim o que eu quero. E se eu quero, eu luto por isso. Mesmo sem saber o que estou fazendo, eu faço. É que é assim mesmo. Se no final o que eu quero não corresponder ao que eu posso, pelo menos posso dizer que tentei.

quinta-feira, 24 de março de 2011




 Ouvi dizer que temos sempre que agradecer as coisas que nos acontecem. Temos que acreditar que nada foi por acaso. Que tem sempre um propósito bom por trás das coisas ruins. Certa vez li um livro que dizia que as coisas podem sempre ser piores, por isso temos de agradecer por tudo aquilo que nos é dado. Ok. Obrigada por dias frustrados, por medos incuráveis, por corações partidos, por vazios inigualáveis, por solidões sem fim, pelas idas sem voltas, pelas voltas que não deveriam existir, por semanas passadas lentamente, por os erros que me fizeram chorar, por desistir quando deveria lutar, por machucar quem me quer bem, Por sofrer por quem não quer, por cair quando finalmente estava chegando, por a saudade que não passa. Obrigada. Ainda estou aqui.