sábado, 13 de agosto de 2011


Vi o vento varrer as sujeiras da rua. Desejei que ele pudesse fazer a mesma coisa dentro de mim. Desejei que ele entrasse e levasse aquela vontade horrível de socar paredes e vomitar borboletas. Que carregasse com ele toda a dor que me poluía. Mas assim como você, o vento passou. E o tempo não parou para me deixar juntar minhas partes. E o tempo não voltou para deixar eu me (re)construir em outro momento. E o tempo não deu tempo para que eu pudesse aprender a perder. Fui embora faltando um pedaço.

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