Eu percebi que em algum momento tudo foi verdadeiro. E pouco importa se foi um ano, um mês, ou um dia. O que importa é que foi verdadeiro. Que de algum jeito, no meio disso tudo, os olhares se cruzaram verdadeiramente, as palavras saíram do coração, a espera não foi em vão, que o sorriso de um foi entregue ao do outro, que as bocas se desejaram mutuamente e que se tocaram sem pressa, sem obrigação, como se cada segundo fosse precioso e eterno. Que tudo foi inteiramente verdadeiro e que foi doce enquanto durou. E as lembranças ainda permanecem mornas em minha memória. E se repetem como um filme bom. Confesso que ainda há a verdade dentro de mim. Que o desejo não foi embora completamente. Mas é assim, nem tudo sai como o esperado. Mas o que importa é que dentro de mim ainda vive a lembrança. E agora eu sinto talvez três ou quatro lágrimas brincarem em meu rosto e junto com elas um sorriso. É que me dei conta que a verdade tinha sim estado entre nós dois, não interessa se ainda está, só aquilo importa agora.

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