quarta-feira, 17 de agosto de 2011

  
   As lembranças voltavam até mim sem nenhum pudor do caos que me causavam. Em um ato interrompido Antoine de Saint-Exupéry foi deixado ao lado da cama. O café estava posto na mesa. As janelas estavam abertas e as cortinas pareciam dançar junto com o vento ao ritmo da musica que tocava. Dentro dela um coração que pesava mais que o mundo. Cheio de curativos e cicatrizes, meio dolorido ainda. As dores necessárias de uma pessoa (re) feita de amores. A alma vazia gritava a necessidade de ir ao encontro de não-sei-o-quê, não-sei-aonde. Procurando preencher com sossego a agonia de querer ser algo. Querendo mais paz, mais amor, menos solidão. Querendo não ser assim. Pendiam na mente apenas vontades. Então respirou fundo, tomou um gole de café, sentou e escreveu. Em primeira e terceira pessoa, por não saber qual das duas ela seria melhor.


2 comentários:

  1. Adorei o bolg. Confesso que entrei achando que riria bastante (pois vi seu post acreditando que a Cleicianne é real). Bjs

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  2. As aparências enganam. (: Muito obrigada! Volte sempre por aqui. :D bjs.

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