quinta-feira, 30 de junho de 2011


Meu bem querer para você, meu bem.  

   Quis te mandar um livro, aquele que comentamos em uma de nossas conversas, havia um cartão também, com uma data e algumas palavras. Afinal, eram sentimentos e lembranças, queria que as guardasse. Meu erro foi querer te proteger de tudo. Eu não desisti, mesmo sendo difícil, mesmo sabendo que não era o certo, porque era você. Quis te contar sobre o estrago que a dor fez, mas quando te encontrei de novo esqueci as feridas. Mas tua frieza e teu silêncio falaram mais alto. Fui por uma estrada torta, você engatou a ré. Tranquei o sentimento dentro de mim e entreguei a chave para Deus. Sinto falta do “eu te quero só pra mim” que você jamais disse, e que eu disse, mas você não ouviu, porque já tinha voltado à rua.


Quem sabe em outra rua torta nossos 
destinos não se cruzam de novo.
 

terça-feira, 14 de junho de 2011


  Percebi o tempo se esgotar. Senti passar por entre os meus dedos e não pude fazer nada. A batida do relógio parcela os meus dias. Uma sucessão de quase acontecimentos que se acumulam. Palavras já não me são mais bem vindas. Nada me vem ao ouvido. Tudo passa a fazer menos sentido. Ainda sinto o acumulo de palavras entaladas na minha garganta. Tenho muito que dizer, mas não direi mais nada. Deixo transbordar em lágrimas. Coração apertado, mas mente aberta. No que depender de mim vou ser feliz. Quem quiser me acompanhar fique a vontade, mas que fique claro, não esperarei por mais ninguém. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011




Todas as alternativas gastas. Você que não telefona.
Ruínas de um dia. E eu plantada em esperas.
Com uma angústia ardendo nos olhos.
Com um coração extraviado.
A aula, as tarefas, o trânsito? 
Uma multiplicidade de desculpas cercam sua ausência.
Cadê você que não liga?

terça-feira, 7 de junho de 2011


   Eu percebi que em algum momento tudo foi verdadeiro. E pouco importa se foi um ano, um mês, ou um dia. O que importa é que foi verdadeiro. Que de algum jeito, no meio disso tudo, os olhares se cruzaram verdadeiramente, as palavras saíram do coração, a espera não foi em vão, que o sorriso de um foi entregue ao do outro, que as bocas se desejaram mutuamente e que se tocaram sem pressa, sem obrigação, como se cada segundo fosse precioso e eterno. Que tudo foi inteiramente verdadeiro e que foi doce enquanto durou. E as lembranças ainda permanecem mornas em minha memória. E se repetem como um filme bom. Confesso que ainda há a verdade dentro de mim. Que o desejo não foi embora completamente. Mas é assim, nem tudo sai como o esperado. Mas o que importa é que dentro de mim ainda vive a lembrança. E agora eu sinto talvez três ou quatro lágrimas brincarem em meu rosto e junto com elas um sorriso. É que me dei conta que a verdade tinha sim estado entre nós dois, não interessa se ainda está,  só aquilo importa agora.



segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Vai chegar um dia que não irei mais agüentar a saudade, e ela transbordará pelos meus olhos. Pense que isso não são lágrimas de tristeza, mas também tampouco de alegria. É incrível como pude viver sem te ter por mais de semanas, sendo que hoje uns dias voltam a me sufocar. Saudade é uma dor inexplicável, parece que o tempo pára. E não há distração que o faça passar. Não sei o que faço com meus dias que parecem ser tão compridos, nem como cessar os meus pensamentos quando a noite chega. É como estar sozinha, sem estar. É como se um vazio encontrasse meu peito e fizesse o doer intensamente até eu esquecer. Mas dão alguns poucos minutos e volta, até a próxima esquecida. Saudade é parecer que o mundo vai acabar, e de repente perceber que não é tão grave assim. Saudade é ser dramática aos montes e de repente se auto-confortar sabendo que logo vai passar, tão logo como irá sempre voltar." Laura Meyer


É que tem dias que bate uma saudade.

domingo, 5 de junho de 2011


  A distância é quase uma dor física para mim e, na maioria das vezes, o único jeito de conter as lagrimas é tentar ver por trás desses acontecimentos a doçura. Sim, é que a espera pode ser doce. Tão doce como um brigadeiro de panela feito no meio da tarde, ou um sorriso impertinente alheio a qualquer dor. Doce como conversas bobas no meio da madrugada, ou um bom dia inesperado para começar o dia bem. Doce como quando um final de tarde sem nada para fazer se torna o melhor fim de tarde com as pessoas certas. O sabor do bolo de chocolate da tia, da melhor comida de panela da avó. Sabor de beijo. Eu sei que a espera dói. Cada um sabe a dor da própria espera. Mas temos que reconhecer que a mesma dor que te faz chorar, pode sim ser doce e cheia de sacrificios positivos. Afinal, esperar é não desistir do que sonhamos. É trabalhar muito para o que desejamos. É se preparar para o que há de vir. E depositar toda sua esperança em um futuro que virá e que chegará tão doce quanto a própria espera.

                                                  É que minha vida anda assim: Doce. 
                                                                Me diz você, o que está esperando?

sábado, 4 de junho de 2011

  
Eu tenho medo de acreditar, mas estou acreditando. 
Eu tenho medo de confiar, mas estou confiando. 
Eu tenho medo de falar, mas estou falando. 
Eu tenho medo de ter medo, mas ele está começando a se extinguir também.

E eu não espero nada além da verdade. Não espero dias lindos, palavras bonitas, reciprocidade, nem nada parecido. Não quero ilusões, fantasias, nem contos de fadas. Cansei disso. Quero apenas a verdade. Quero apenas a realidade das coisas. Eu confio, eu acredito, eu falo, eu não temo, mas somente por achar que é a verdade que está aqui agora. 

A verdade pode não corresponder ao que eu quero exatamente, mas só por ser a verdade já me faz mais feliz.

quarta-feira, 1 de junho de 2011



É que chega um dia que cansa, que o coração fraqueja. A mente desiste de tentar entender o que não da pra ser entendido. Mania essa de o homem tentar explicar sentimento. Talvez uma forma de iludir-se, como se pudesse dessa forma controlar-los. Uma doce ilusão. O sentimento sobressai a qualquer forma de controle e explicação. E não to falando só de amor não. Dizem que o amor é um sentimento inexplicável. Um pensamento inteligente esse. Mas não é só o amor não. Tente explicar qualquer sentimento! É complexo demais para falar. É. É que o negocio não é explicar não, é sentir. Só sentir. Razão nenhuma explica o que vem do coração. Nós que somos tolos demais e continuamos aqui tentando decifrar, tentando entender o que acontece. Mal do ser humano que quer ter tudo sobre controle nas mãos. Que PENSA que pode ter tudo sobre controle nas mãos. Somos ingênuos, e quando nos damos conta a situação está completamente fora de controle. É como um balde de água fria na cabeça. E ficamos loucos (é que a loucura é mal de ser humano mesmo), percebemos que na verdade nós não controlamos nada, não entendemos nada e nunca conseguiremos explicar. As coisas acontecem porque tem de que acontecer. Os sentimentos surgem porque tem de surgir. E só se vão na hora que tem de ir. É como Caio uma vez disse "Estranho, mas é sempre como se houvesse por trás do livre-arbítrio um roteiro fixo, predeterminado, que não pode ser violado. Um roteiro interno que nos diz exatamente o que devemos ou não fazer, e obedecemos sempre, mesmo que nos empurre para aquilo que será aparentemente o pior." É isso! É como se tivéssemos direito as nossas escolhas, mas por trás delas é como se estivéssemos já pré-destinados. Temos apenas que aceitar o que nos é imposto. Sem entender, sem questionar. Só aceitar. É que é isso: Fazemos nossas escolhas e temos as conseqüências, boas ou ruins. No fundo sabemos o que vai ser melhor para nós. Eu sei.

Viva o amor, viva alegria. Sem entender, só sentir.